Estabeleceu-se por norma, e não é de agora, que toda novela que se preze deve ter um bandido à altura. Desde muito tempo, o público se acostumou com a figura do mal, cada vez mais indispensável até nas ingênuas histórias infantis. E por aí pode se encontrar a explicação para as dificuldades de "Em Família".
Alguém que não preste é tudo que não existe neste novo trabalho do Manoel Carlos. A princípio se imaginou que a pessoa em questão seria representada pela Viviane Pasmanter. Deu pinta no começo, mas acabou caindo no escracho. Mesmo a cobra, toda lustrosa naquela cor amarela, que ela sempre se fazia acompanhar, parece que foi educada em algum serpentário europeu dos mais refinados.
"Em Família" está sentindo a ausência de um bom bandido ou de uma boa bandida. Definitivamente, nos dias atuais, não dá para ir pro sofá sem eles.
Outra coisa que também falta definir é para quem devemos torcer. Mesmo com tantos capítulos transcorridos, não foi possível chegar até agora a uma conclusão do quem é quem. No fim, do jeito que vai, periga de dar a cobra na cabeça.
Coluna Flávio Ricco
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