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21 de abr. de 2014

"Divergente" chega ao cinemas pouco divergindo de "Jogos Vorazes"


"Divergente" (EUA, 2014) estreou nesta última  quinta-feira (17) no Brasil com a missão de seguir os passos de sucesso de "Jogos Vorazes" entre as adaptações cinematográficas de livros para jovens adultos. A estratégia do filme - e do livro no qual foi baseado - foi seguir religiosamente os passos da saga de Suzanne Collins. Em time que está ganhando não se mexe, mesmo quando o time é dos outros. E como indicam as bilheterias estrangeiras, a estratégia parece estar funcionando.
É praticamente impossível falar de "Divergente" sem comparações a "Jogos Vorazes", já que os pontos de semelhança são inúmeros. Distopia pós-apocalíptica? Presente. Protagonista feminina de origens humildes e personalidade forte? Presente. Competição de vida ou morte? Presente. Conspirações políticas? Presente. Facções divididas unificadas pela protagonista? Presente. Romance com bad boy? Presente. Até a atriz Shailene Woodley parece ter sido escolhida em uma competição de clones de Jennifer Lawrence.
A história de "Divergente" se passa após uma guerra ter destruído grande parte da população mundial. A protagonista Beatrice/Tris é integrante junto de sua família de Abnegação, uma das cinco castas que vivem no que restou de Chicago. Essas facções - as outras são Amizade, Audácia, Erudição e Franqueza - representam arquétipos de comportamentos humanos - decerto "inspiradas" também nas casas de Hogwarts em "Harry Potter".

Ao chegarem na idade adulta, os jovens precisam escolher permanecer em sua casta de nascença ou escolher uma nova. Em um teste alucinógeno de vocação, Tris descobre que é "divergente", não tem apenas características de uma casta em particular, o que é ilegal. Ela precisa então esconder seu segredo conforme descobre um complô para dominar a cidade.
"Divergente" tem uma boa narrativa, que dá peso às escolhas de Tris. Novamente como em "Jogos Vorazes", a protagonista precisa aprender a lutar contra oponentes mais fortes usando de astúcia e a atriz Shailene Woodley mostra bem essa vulnerabilidade. A competição para entrar na facção que Tris escolheu tem um ar de vestibular, conforme ela precisa "passar" para não se tornar uma sem-casta. A fotografia é boa, mas os cenários e figurinos dão um ar "bareteiro" ao filme. O mundo em si não parece verossímil pela divisão de castas e Chicago parece um vilarejo ao invés de bastião da civilização.

 O filme  "Divergente" teve um bom desempenho nos cinemas estrangeiros (com US$ 56 milhões no primeiro fim de semana dos EUA, e um total de US$ 139 em todo o mundo até a última quarta, 9), mostrando potencial para as sequências baseadas em cada livro - ou para metades de livros, como é a recente moda de Hollywood de ordenhar ao máximo cada franquia.
"Divergente" não é um filme ruim para fãs do gênero, apenas está à sombra de uma série mais popular. Para quem estiver sentindo muito a abstinência de "Jogos Vorazes" até a chegada do próximo filme da saga, "Divergente" pode valer o preço do ingresso.


Fonte: Uol Entretenimento Cinema


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