Divergente é um filme claramente direcionado para adolescentes. Isso não é um problema, mas é preciso avisar para que os espectadores adultos preparem seu cérebro antes de ir ao cinema.
Trata-se do primeiro episódio de uma nova série que pega carona no sucesso de produtos como Jogos vorazes e Crepúsculo. A protagonista é uma garota que chega ao momento de uma importante decisão para sua vida (algo equivalente a um vestibular). Ela precisa escolher qual será seu grupo em um futuro pós-apocalíptico onde a sociedade é dividida em cinco facções. Aos poucos, entretanto, percebe que não se enquadra naquele sistema. É aí que entra outro elemento com sucesso certeiro entre as plateias mais jovens: a rebeldia.
Durante um perigoso processo de treinamento que parece uma gincana de reality show, a menina encontrará o rapaz que a ajudará em sua tentativa de revolução e a fará descobrir o significado do amor (outro ingrediente fundamental para o público-alvo). A apresentação do universo futurista é bem didática (e simplista demais) e a ação é bem conduzida até a metade. O desfecho, entretanto, é desenvolvido sem reviravoltas imprevisíveis ou surpresas de impacto, o que torna as sequências finais cansativas.
Pronta para virar uma estrela, Shaiene Woodley (Os descendentes) interpreta a protagonista e Theo James (Anjos da noite: O despertar) é seu par romântico. Kate Winslet (Titanic) faz a vilã.
Três continuações já estão em pré-produção: Insurgente (2015), Convergente: Parte 1 (2016) eConvergente: Parte 2 (2017).
Por Júlio Cavani - Diário de Pernambuco
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