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4 de jun. de 2014

Aposta da Record, novela 'Vitória' faz boa estreia


Os polêmicos anúncios que antecederam a estreia de “Vitória” – e alfinetavam o marasmo da concorrente “Em Família”, da Globo – mostraram-se certeiros: apenas no capítulo de estreia, exibido na segunda, a nova trama da Record parece já ter encaixado mais acontecimentos que um mês inteiro da novela de Manoel Carlos.

Corridas de moto e de cavalo, acidentes graves, incêndio no haras, tentativa de assassinato, princípio de infarto... Foram tantos eventos que a estreia foi exibida sem intervalos, uma tática de guerrilha da Record para bater de frente com a Globo. 

E ainda vem mais por aí. Afinal, Rodrigo Phavanello, que vive Rafael, um dos protagonistas da história, ainda nem apareceu para desafiar a paixão arrebatadora de Artur (Bruno Ferrari) e Diana (Thaís Melchior).

Logo de cara, porém, alguns destaques já chamam a atenção: Beth Goulart deu show nas cenas de sua Clarice e promete roubar os holofotes sempre que aparecer na telinha. Maytê Piragibe também tem potencial para boas histórias como a veterinária Renata, que sofre com o assédio no trabalho.

Sem pressão/ Autora do último sucesso da emissora (“Vidas em Jogo”, de 2011), Cristianne Fridman foi apontada como a salvação da dramaturgia da Record – após o fracasso de “Pecado Mortal”, de Carlos Lombardi. “Não sinto nenhuma pressão da emissora para que a novela dê audiência”, minimiza ela, que completa: “Mas é claro que eu torço para que seja um sucesso. Você não escreve para que seu trabalho seja jogado ao vento, espera que ele seja visto pelo maior número de pessoas possível”.

Por enquanto, Cristianne vai precisar continuar na torcida: a estreia de “Vitória” marcou 8 pontos, mesma média alcançada pelo capítulo final de “Pecado Mortal” (que estreou com 13 pontos). A novela, porém, ainda pode crescer. Afinal, como em toda corrida de cavalo, sempre existe um azarão que pode surpreender no fim. Façam as suas apostas!


Vilões de verdade/ Tema polêmico e pouco abordado na dramaturgia brasileira, o neonazismo ganha destaque em “Vitória”, com um núcleo de vilões que promete dar o que falar.

Logo em sua primeira aparição, Priscila (Juliana Silveira) e Paulão (Marcos Pitombo) atropelaram um flanelinha pelo simples fato de ele ser negro. Depois, Paulão e Enzo (Raphael Montagner) tentaram comprar um bar, dizendo que impediriam a entrada de gays, nordestinos e negros no local. Na época do politicamente correto, chama a atenção colocar personagens que escancaram o preconceito em horário nobre.

Destaque para Juliana Silveira, que imprime a maldade de Priscila no olhar e apaga qualquer lembrança da dócil Floribella, personagem que viveu na trama infantil da Band entre 2005 e 2006.

'Vitória' vai ao ar de segunda á sexta ás 21h15 na tela da Record. Para quem ainda não conferiu a novela , é uma boa pedida.


Fonte : Diário de São Paulo por Luciano Guaraldo



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