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9 de abr. de 2011

Globo aposta em obras de época com "Cordel Encantado"

Desde 2008, a Globo freou sua produção de tramas de época. A última, "Ciranda de Pedra", teve apenas 22 pontos de média, muito abaixo dos 30 desejados para o horário. Mas Duca Rachid e Thelma Guedes parecem ter conseguido, finalmente, dobrar a direção da emissora. "Cordel Encantado" pode até ser uma história atemporal, como defende sua equipe.
Mas, definitivamente, a mistura do cangaço brasileiro com uma corte europeia que chega ao Brasil à procura da princesa perdida pouco tem de contemporânea. "Nossa trama é um convite ao sonho. Uma história de amor impossível tratada com emoção, humor e aventura", resume Duca, que, junto com Thelma, se inspirou na literatura de cordel e no Nordeste para esse trabalho. "O Nordeste mítico que conheci na infância continua a existir mesmo nos dias de hoje. É um lugar praticamente atemporal no aspecto cultural, apesar dos avanços tecnológicos", justifica Thelma.
 A história começa em uma batalha entre dois reinos europeus, o de Seráfia do Norte e Seráfia do Sul. A paz entre eles só é selada quando Teobaldo, rei de Seráfia do Sul, vivido por Thiago Lacerda, à beira da morte, combina o casamento de seu filho mais velho, o príncipe Felipe, com a princesa Aurora, personagem de Bianca Bin, filha do Rei de Seráfia do Norte, Augusto, papel de Carmo Dalla Vecchia. Mas a menina é entregue ao casal Euzébio e Virtuosa, de Enrique Diaz e Ana Cecília Costa, pela rainha Cristina, de Alinne Moraes, que salva a filha antes de morrer em uma emboscada planejada pela vilã Úrsula, personagem de Debora Bloch, cunhada e ex-noiva de Augusto, e seu amante Nicolau, de Luiz Fernando Guimarães. "Como foi trocada e não conseguiu ser rainha, a Úrsula quer que a filha dela consiga esse posto, casando-se no lugar de Aurora", adianta Debora.

Aurora cresce como Açucena, uma jovem simples e apaixonada pelo mocinho Jesuíno, de Cauã Reymond. Ambos vivem na pequena Brogodó, no Nordeste brasileiro, e têm algo em comum: ele não sabe que é filho do rei cangaceiro Herculano, vivido por Domingos Montagnere, enquanto Açucena desconhece o fato de ser filha de um monarca da realeza europeia. E tentam ser felizes juntos, apesar das investidas do maquiavélico Timóteo, primeiro vilão da carreira de Bruno Gagliasso. "Estou fazendo uma novela atrás da outra, mas porque sempre me oferecem papéis irrecusáveis. Não dava para dizer não", valoriza o ator, que fez questão de perder 17 quilos para encarar seu primeiro personagem central em um folhetim.

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