A nova novela da Globo anda patinando na audiência. Nesta terça-feira, dia 30, fez apenas 31 pontos, pouco para os padrões do canal. A explicação para isso é simples: é a sombra de Avenida Brasil.
Salve Jorge é quase o contrário do que o público viu na novela anterior. A comparação é a seguinte: se Avenida Brasil fosse uma banda de rock, seria o Ramones, enquanto que Salve Jorge é o Genesis. A primeira era bem mais simples, direta, com menos personagens e uma história clara de vingança. Já a novela de Glória Perez é rocambolesca, com movimentação lenta e com dezenas de personagens espalhados em vários núcleos.
Falando nisso, Salve Jorge, nesse início, sente a falta de personagens mais carismáticos, daqueles que ficam cravados na memória das pessoas logo de cara. Avenida Brasil, por exemplo, já começou com vários deles: Carminha, Leleco, Nilo, Zezé, Mãe Lucinda, Genésio, Max, só para citar alguns. De imeditado essa gente caiu do gosto dos espectadores. O mesmo não pode ser dito ainda da turma de Salve Jorge. Não quer dizer que venha a acontecer logo mais.
Nanda Costa, atriz que vive a protagonista Morena, ainda não mostrou que tem todo o estofo para ser o grande destaque da novela. Precisa de mais arroz com feijão para o trabalho. Enquanto isso, Rodrigo Lombardi também não ajuda muito, com interpretações meio exageradas e momentos que dão até uma certa vergonha alheia. Fora isso, não rolou ainda uma química entre os dois, o que só complica mais as coisas para uma novela cair no gosto do povo. O personagem de Lombardi combinava muito mais com o de Flávia Alessandra, mas o roteiro os separou.
Tirando tudo isso, Glória Perez insiste em usar sua velha fórmula de fazer a ponte aérea entre o Rio de Janeiro e algum outro país, no caso a Turquia. Mas já vimos a mesma coisa com a Índia (Caminho das Índias) e Marrocos (em O Clone). Talvez seja a hora de mudar.
Fonte: R7
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