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19 de nov. de 2014

Maduro e cheio de tensão, "Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1" é um dos filmes mais empolgantes de 2014


Quando Jogos Vorazes foi lançado em 2012, muito se falou sobre o filme ser apenas mais uma daquelas adaptações de livros adolescentes de sucesso. Claro que isso caiu por terra rapidamente, já que o longa era muito mais maduro e tratava de temas que passavam longe dos clichês jovens. Em seu terceiro capítulo, a série aborda assuntos que misturam história e atualidade, ganha ares ainda mais sérios e o tom é o mais sombrio até então. Jogos Vorazes: A Esperança — Parte 1 estreia nesta quarta-feira (19) e se pudesse ser resumido em uma única palavra, ela seria, sem dúvida alguma... épico!
A adaptação do último livro da saga para os cinemas foi, como já virou costume, dividida em duas partes. Por conta disso, esse primeiro capítulo é um filme de transição, o que quer dizer que ele prepara terreno para algo maior que virá a seguir. E pode acreditar, isso não significa que o longa seja morno ou sem ação, é bem o oposto. Temos aqui o mais tenso dos filmes até agora, com momentos que te farão roer as unhas, desviar o olhar e balançar as pernas freneticamente.
Na trama, depois de ser resgatada de sua segunda participação nos Jogos Vorazes, Katniss (Jennifer Lawrence) se vê no meio do Distrito 13, que comanda a revolução contra o ditador Presidente Snow. Por ter se rebelado diversas vezes contra o sistema da Capital, a heroína se torna um símbolo e os líderes da revolução vão usar isso em favor de sua causa.

É nesse ponto que entra um dos temas mais interessantes abordados no filme: a propaganda como uma arma. Se nas aulas de história nós aprendemos sobre o marketing e a publicidade por trás de grandes guerras e de figuras como Hitler, que difundiu suas ideias com a ajuda de seu Ministro da Propaganda Joseph Goebbles, em A Esperança podemos “tatear”, enxergar mais detalhadamente o poder de tudo isso. Katniss é mais que simplesmente a salvação para todos, ela é a motivação, a força para impulsionar os cidadãos que têm medo de se revoltar contra o sistema. Ela é a esperança de que, unindo as pessoas, as coisas poderão mudar efetivamente. E o bacana é que o roteiro mostra que os dois lados da guerra usam a propaganda, já que Peeta (Josh Hutcherson) é a arma publicitária que a Capital usa para dissuadir os revolucionários, para tentar convencê-los de que o melhor é ficar em silêncio e aceitar o que lhes é imposto. Pensando nisso, a publicidade para promover o filme foi genial, com sites especiais, vídeos virais de “transmissões piratas” dos revolucionários, o Tordo surgindo em chamas nos pontos turísticos de São Paulo e muito mais.


Jennifer Lawrence mais uma vez impressiona com suas habilidades. Katniss não é uma heroína durona tradicional, muito menos uma mocinha indefesa. Ela é uma jovem com incríveis habilidades que nunca quis que todo esse “rebuliço” acontecesse e que foi movida sempre por paixão, por proteção a seus entes queridos. Essa característica é que faz dela uma personagem tão crível, tão real. Ela carrega sentimentos mistos dentro de si, a tristeza, o desamparo, a raiva, a coragem, mesmo que inflada pela raiva e, claro, a esperança de acabar com o sofrimento. Em dois momentos específicos (pode ficar tranquilo que não vou revelar nada de tão importante, sem spoilers) é possível enxergar o quão humana a personagem é. No primeiro, ela fica na dúvida sobre o que fazer, ser o Tordo, o símbolo que os revolucionários precisam, ou poupar as pessoas que gosta de mais dor. E no segundo, ela simplesmente desmorona ao ver destroços de lugares que tentaram se rebelar.


Jennifer entrega de maneira brilhante as transições pelas quais Katniss passa. Em determinados momentos, ela é frágil, em outros confusa, e nos momentos certos ela vira a heroína tão esperada, mas sem forçar, sempre de maneira natural. A evolução da atriz ao longo dos filmes é inegável.
Aliás, o elenco é uma das maiores qualidades, mais uma vez. Elizabeth Banks rouba a cena como a carismática Effie, que garante alguns dos poucos alívios cômicos da trama. Além dela, vale elogiar o sempre ótimo Woody Harrelson, com seu irônico Haymitch. Os galãs da trama, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth e Sam Clafin também desenvolvem seus personagens muito bem, em especial Hutcherson, que ganha espaço para mostrar um novo lado de Peeta.

Julianne Moore é adicionada à franquia e também está perfeita como a Presidente do Distrito 13, trazendo a firmeza que um líder precisa, mas revelando aos poucos seu lado mais sensível. Enquanto isso, o vilão de Donald Sutherland transmite toda a sua frieza de maneira impactante, também brilhando em cena.
Quanto aos efeitos especiais e aos tão aguardados confrontos, prepare-se para cenas de tirar o fôlego. Como diria aquela expressão... é briga de cachorro grande! Ninguém poupa tiros, explosões, flechadas e muito mais. Obviamente, isso vai aumentar exponencialmente no último filme.

Jogos Vorazes: A Esperança — Parte 1 é épico em todos os sentidos. Nos confrontos físicos e emocionais, em suas ideias e principalmente em sua realização. Os dois primeiros filmes são muito bons e cumprem sua função, mas é possível perceber uma grande evolução nesta nova aventura. Qualquer rótulo pejorativo colocado não funciona aqui. O filme é mais que uma “trama adolescente clichê”, é mais que “outra adaptação de livro”, é realmente mais. E mesmo que alguém compre esses rótulos ruins, será difícil tirar o filme do topo das bilheterias. A propaganda pode até ser a alma do negócio, mas quando o produto tem qualidade tão elevada, não é preciso muito esforço para vendê-lo. 

Assista abaixo o trailer do filme :




Fonte : R7

Adaptação de imagens : Meu Mundo TV








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